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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020


 

Assim, começo a minha descrição as linhas que seguem.Qual o motivo que escrevo poesias em meio a pandemia? O grande problema a verdade, essa verdade que atravessa os nossos corpos ansiosos, exaustos e cansados. A verdade que diante de nossos olhos só a arte e a literatura, em especial, pode nos salvar.Tristes foram os poetas que no século XVIII morreram de tuberculose, por exempo.Assim, são momentos que a arte nos salva de ver o quanto podemos estar em um barco a deriva com seu comandante transloucado sem saber o que fazer.

Conduto, estamos a caminho do final, porém, a vida crua tal como ela é nos transporta para uma realidade dura nesse momento: Estamos ansiosos, aguardando por muito tempo o final. A poesia, assim como as outras artes, nos conduz a estarmos vivos, viver aquilo que se espera em algo que até então não se tem solução. A arte que transpira na poesia revela o que se tem na essência da arte - O HUMANO - Aquele que não pode morrer, que é vida, que vive!

Meus poucos leitores, porém, qualitativos sabedores do que escrevo nessas linhas...a pandemia vai passar, nossos blocos em breve estarão nas ruas no carnaval. A felicidade e a tristeza irão se fundir no espetáculo da vida e da arte , e vamos nos permitir em breve perdidos e irresponsáveis, como um bom humano inconsequente diante da vida. A arte singela, lírica que vem do "eu" não permitirá aglomerações, estará num quarto solitário, com livros na mesa, uma taça de vinho - A arte da poesia solitária, mas, acompanhada de um universo complexo que ela habita.

Assim, teremos esse poeta que vós fala, que certa vez, sentado em uma pedra no alto de um morro do distrito do Quilombo da  colônia de Pelotas viu seu corpo se fundir com os cantos dos pássaros, as folhas com vento se debaterem , e ficar único entre a natureza que vibrava silênciosa, chorou, mas a lágrima era o arroio que  passava, nada havia mais ali , apenas um nada e um todo em meio a uma pandemia escrevendo a sua poesia.

Autor: Marcos Moraes.


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